São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Ausências marcam solenidade de posse

FLÁVIA DE LEON

FLÁVIA DE LEON; DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A solenidade de posse de Fernando Henrique Cardoso provou que o dia 1º de janeiro não é uma data adequada. A cerimônia foi marcada mais por ausências do que presenças.
O plenário da Câmara, que acomodou os familiares de Fernando Henrique e de seu vice Marco Maciel, e ainda os ministros do futuro governo, que até ontem eram parlamentares, não estava lotado.
Nas galerias, mais cadeiras vazias. Ali, as ausências eram de vários governadores eleitos, que também tomaram posse ontem.
A ausência mais notada foi de Tasso Jereissati, eleito governador do Ceará. Os aliados de FHC Roseana Sarney (MA) e Antônio Britto (RS) faltaram. Além destes, não compareceram à solenidade outros nove os governadores.
O governador de São Paulo, Mário Covas, foi ao Congresso, mas assistiu a solenidade no plenário do Senado, ao lado de sua mulher, Lila.
Alguns convidados deixaram para recuperar o sono perdido nas festas do réveillon no escurinho das galerias da Câmara.
O governador do Mato Grosso do Sul, Wilson Martins, dormiu a maior parte dos 55 minutos que durou a solenidade. Com o queixo apoiado em uma das mãos, Martins foi acordado de sua segunda sessão de sono pelos aplausos no término do discurso de FHC.
Algumas cadeiras adiante, o ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco, Henrique Hargreaves, pestanejava e esfregava os olhos. O mesmo ocorreu com o ministro Mauro Durante (Secretaria-Geral do governo Itamar).
O momento mais tenso da solenidade ocorreu antes da chegada de FHC. Às 15h20, uma das portas de vidros blindex que dão acesso ao plenário estourou por acidente.
A segurança entrou em pânico, até descobrir que não havia acontecido nenhum atentado: apenas um funcionários se apoiou sobre o vidro e ele estourou.
A posse foi presidida pelo senador Humberto Lucena (presidente do Senado), que teve sua candidatura à reeleição cassada.
Na comissão de parlamentares que conduziram FHC e Maciel ao plenário, estavam dois que não conseguiram se reeleger: senador Mauro Benevides, citado na CPI do Orçamento, e o deputado Tarcísio Delgado, que não conseguiu uma vaga no Senado.

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