São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995 |
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Ações do Banespa ON despencam 15,1%
RODNEY VERGILI
Os investidores estão "desmontando" as operações de "box", por causa da incidência agora do compulsório. As ações do Banespa lideraram as baixas, repercutindo a intervenção do Banco Central realizada na última sexta-feira. Os preços das ações do banco estadual despencaram durante o pregão, recuperando ao final dos negócios. Mesmo assim, as ações do Banespa ON caíram 15,1% e os papéis PN fecharam com baixa de 9%. Os negócios com ações do Banespa foram interrompidos no pregão de ontem e reabertos a partir das 12h20. O Banespa enviou às Bolsas nota sobre as notícias de intervenção no banco estadual, "esclarecendo que todas as atividades envolvendo aplicações financeiras, depósitos, movimentação de contas, empréstimos e demais operações bancárias permanecem sem alteração". No mercado de renda fixa, o Banco Central realizou três intervenções. Logo pela manhã, realizou operações com taxa de over a 4,58% ao mês e a 4,63% ao mês. No período da tarde, "zerou" o sistema com taxa over de 4,68%, penalizando as instituições retardatárias. No mercado cambial, o Banco Central não atuou e as cotações tiveram ligeira queda. No exterior, foi feriado nas principais praças (Nova York, Londres e Tóquio). Carlos Gomes, diretor do Banco Braseg, associado à AGF International, diz que as mudanças tributárias não devem afetar o perfil das aplicações no mercado financeiro. Os fundos de curto prazo continuam sendo as melhores aplicações para o curtíssimo prazo (menos de 28 dias). Os fundos de commodities são ainda atraentes para quem pode deixar o dinheiro aplicado com uma carência de 30 dias, pois passado esse prazo inicial os recursos ficam livres, ou seja, com resgate a qualquer momento sem perda de rendimento. Para ele, as Bolsas devem ser atraentes a curto prazo, por causa da queda nas cotações em dezembro. Gomes acredita, no entanto, que as medidas de ajuste na economia farão com que a Bolsa seja melhor opção para aplicações de longo prazo só em 1996. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, ontem, em média, 0,212%. A taxa média do over foi ontem de 4,60% ao mês, o que projeta uma rentabilidade de 3,43% no mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 4,66% ao mês, projetando rendimento de 3,47% no mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 3,2318%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 25% e 47,5% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 120 dias: entre 14% e 16% ao ano mais Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,88% ao mês, projetando rentabilidade de 4,40% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 64% e 74% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: baixa de 0,80%, fechando com 43.190 pontos e volume financeiro de R$ 658,49 milhões, contra R$ 204,78 milhões na última quinta-feira. Rio: baixa de 0,6% (I-Senn), fechando com 19.500 pontos e volume financeiro de R$ 11,42 milhões, contra R$ 23,33 milhões. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,842 (compra) e R$ 0,843 (venda). Na última sexta-feira, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,844 (compra) e R$ 0,846 (venda). "Black": R$ 0,850 (compra) e R$ 0,860 (venda). "Black" cabo: R$ 0,846 (compra) e R$ 0,850 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,835 (compra) e R$ 0,865 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,19%, fechando a R$ 10,52 o grama na BM&F. FUTUROS No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro foi de 44.900 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para janeiro fechou a R$ 0,863; para fevereiro a R$ 0,881; para março a R$ 0,893; para abril a R$ 0,904; para maio a R$ 0,918 e para junho a R$ 0,932. A expectativa de juros no mercado de DI era ontem de 3,34% para janeiro e de 3,09% para fevereiro. Texto Anterior: IR na fonte tem prazo menor Próximo Texto: Zedillo prepara novo pacote econômico Índice |
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