São Paulo, sexta-feira, 6 de janeiro de 1995
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Sindicalista é contra fim do PIS

LUIZ ANTÔNIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os líderes sindicais ouvidos pela Folha se mostraram contra a intenção do governo de acabar com o PIS (Programa de Integração Social) –contribuição social sobre o faturamento das empresas.
O dinheiro do PIS seria repassado para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para fomentar investimentos. A medida transformaria o BNDES em um "superbanco", com patrimônio de cerca de R$ 25 bilhões.
"O governo não tem nem autoridade para mexer no dinheiro do PIS, que é dos trabalhadores e não algum tipo de fundo federal para investimentos", diz o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
Vicentinho diz ainda que o melhor seria o governo promover uma "discussão global com a participação dos sindicatos e indústria a respeito de todos os encargos sociais".
O presidente da Força Sindical, Luiz Antonio de Medeiros, concorda. Segundo Medeiros, o argumento do governo de que o fim do PIS estimularia investimentos produtivos não é verdadeiro.
"O que precisa é diminuir os juros e os impostos. A discussão sobre o fim do PIS deve ser feita junto com toda a reforma tributária e nunca isoladamente."
(Luiz Antonio Cintra)

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