São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995 |
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Cientista aponta falha na lei
DA REPORTAGEM LOCAL Cientista apontou falha na leiA redação da lei cometeu uma “grande pisada na bola”, de acordo com Sérgio Danilo Pena, geneticista e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais. Ele acha que o artigo que proíbe a intervenção em material genético “in vivo”, exceto para defeitos genéticos, está inadequado ao uso atual da técnica. Pena, que é representante no Brasil do projeto Genoma Humano -cuja meta é mapear todos os genes do homem-, afirma que o artigo entra em choque justamente com a melhor aplicação médica da terapia genética. “O maior uso da terapia é para doenças não genéticas, como o câncer”, diz. Nilson Donadio, 59, presidente da Comissão Nacional de Técnicas de Reprodução Assistida, acha que a proibição de armazenamento de embriões humanos destinados a “servirem como material biológico disponível” traz dúvidas. “É o caso da fertilização ‘in vitro’ (os bebês de proveta)”, diz Donadio. Por essa técnica, a mulher tem embriões implantados em seu útero, numa primeira tentativa de gravidez. Caso o embrião não sobreviva, recorre-se a outros embriões do casal que foram mantidos congelados para esse fim. Com a lei, ficaria proibido o armazenamento de embriões para serem implantados posteriormente. Texto Anterior: Presidente sanciona lei de biossegurança Próximo Texto: FHC indica 3 superministros para tentar contornar crise Índice |
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