São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995 |
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Pacote só terá efeito em 95, diz tributarista
FRANCISCO SANTOS
A avaliação é do tributarista Ilan Gorin, da Gorin Auditoria & Contabilidade Ltda. A análise de Gorin conduz ao raciocínio de que o governo optou pelo ajuste fiscal de emergência, para compensar o fim do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) e tentar evitar um déficit fiscal em 95. Segundo Gorin, o governo teria optado por esta fórmula na expectativa de que o Congresso vote este ano o ajuste definitivo, suficiente para compensar o fim do IPMF e impedir o déficit fiscal este ano. Segundo Gorin, a principal novidade prevista na MP é a que impede as empresas de compensarem de uma só vez prejuízos fiscais. Essas empresas, afirma, faziam balanços mensais e ao longo de 93 e 94 apenas compensaram prejuízos passados, livrando-se do pagamento do Imposto de Renda. Segundo Gorin, essa nova fórmula é extremamente burocrática, e com ela o governo está levando todas essas empresas a pagarem impostos sobre o lucro estimado pelos próximos 15 meses para só então elas voltarem a ter créditos a compensar. Isso significa que após abril de 96 essa receita se extingue a as empresas passarão a compensar seus créditos de IR. Gorin disse que com o novo pacote o governo irá "superar em muito" a arrecadação do IPMF. Texto Anterior: Maciel vira coordenador político de FHC Próximo Texto: FHC sanciona lei que regula televisão a cabo Índice |
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