São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Déficit orçamentário; Dívida mobiliária; Dívida externa; Dívida judicial; Ajuste fiscal; Tesouro; Estatais

Déficit orçamentário - Ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada. Os gastos são com salários, despesas do dia-a-dia, obras e pagamento de dívidas. A arrecadação vem de impostos e empréstimos.
Dívida mobiliária - É a dívida em títulos que circulam no mercado financeiro. O governo emite papéis (Obrigações ou Letras do Tesouro Paulista) que são comprados por bancos privados. Os papéis rendem juros. Como é ruim a situação financeira de São Paulo, os bancos exigem juros altos. É responsabilidade do Banespa vender os títulos. Se ninguém compra, o Banespa fica com o mico.
Dívida externa - Dinheiro tomado emprestado no exterior. Esses empréstimos têm garantia do governo federal. O governo paulista não paga, a conta vai para o federal. E o governo paulista fica devendo para o federal.
Dívida judicial - É o dinheiro que o governo deve a funcionários que ganharam ações trabalhistas ou a desapropriados que conseguiram na justiça aumentar o valor da indenização. Mais da metade das ações trabalhistas pedem diferenças de reajuste referentes aos planos econômicos.
Ajuste fiscal - Processo pelo qual o governo reduz seus gastos através de cortes de pessoal e eliminação de despesas com administração. E aumenta receitas, com privatização e ganhos de eficiência na arrecadação de impostos e na atividade das estatais que vendem serviços (energia, água, gás etc).
Tesouro - É o caixa do governo central, a Secretaria da Fazenda. Arrecada e paga salários e gastos da administração central, formada pelas secretarias e autarquias e fundações, como as universidades.
Estatais - São empresas nas quais o governo paulista é majoritário. São de dois tipos. As dependentes recebem recursos do Tesouro porque ou não têm receita ou ela é insuficiente. As independentes não recebem recursos do orçamento do governo central. Banespa e Nossa Caixa também são de propriedade do governo paulista.

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