São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Hidrovia vai criar 200 mil vagas em São Paulo

JOSÉ VICENTE BERNARDO
DA REPORTAGEM LOCAL

O simples aumento no volume do comércio entre os quatro países é capaz de gerar novos empregos.
Segundo Michel Abdo Alaby, 46, vice-presidente da Associação de Empresas Brasileiras para a Integração no Mercosul, "cada US$ 1 bilhão de produtos exportados gera 50 mil empregos".
A inauguração da Hidrovia Tietê-Paraná vai multiplicar as possibilidades de trabalho –inicialmente, no interior do Estado de São Paulo. O consórcio que administra a hidrovia estima que serão criados, em dez anos, cerca de 200 mil empregos na região oeste do Estado.
No setor bancário, "o Mercosul será fonte de empregos para profissionais com formação internacional", diz Sebastião Cunha, 49, diretor da área internacional do banco Real –que trabalha em parceria com o Banco de la Provincia de Buenos Aires. Ele diz que o mercado se abrirá para gerentes de negócios internacionais –que falem inglês e espanhol.
Contramão
A oferta de empregos diretos que empresas brasileiras estão criando –principalmente na Argentina– vai ocorrer de forma mais lenta em sentido contrário.
Comparativamente, ainda são poucas as empresas daquele país que atuam ou atuaram no Brasil –170 desde 1985, segundo estudo do consulado argentino, contra 400 brasileiras em plena atividade.
Mas tem crescido o número de empresas interessadas em parcerias com organizações brasileiras (veja algumas no quadro abaixo). Um dos objetivos é criar condições para que uma empresa se instale no país da outra.
A construtora CBPO, por exemplo, é parceira da Benito Roggio. Emprega 6.000 pessoas no Brasil e 5.000 em outros nove países –entre eles, Argentina, Paraguai e Uruguai. A expectativa é que a Benito Roggio possa fazer algo parecido no Brasil. "Eles têm condições de se implantar aqui", diz César Castro, 50, diretor da CBPO.
(JVB)

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