São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Ela se rende ao negócio da carne

ANA BAN

Ela resistiu ao máximo, mas acabou atendendo aos chamados da carne. Cristiana Junqueira Franco, 24, a terceira filha do casal Nany e Clovis, foi a última dos quatro rebentos a se envolver com os negócios da família. E a competência falou mais alto. Agora, ela se impõe sem abrir mão do ar de garota. Dá ordens a funcionários e responde, em São Paulo, pela parte financeira da loja e do fast-food da Ternero, marca que comercializa carne de novilho precoce (boi abatido antes dos dois anos), produzida nas fazendas da família.
Cristiana se formou em jornalismo no final de 93 e, até resolver ajudar o pai, bateu perna procurando emprego na área das comunicações. "Meu pai sempre quis que eu trabalhasse com ele. Mas só em abril do ano passado, quando resolvi casar, vim trabalhar na Ternero, achando que ia ser leve". Engano. "Não tenho mais tempo para nada. Eu precisava mesmo trabalhar para parar de pensar em futilidades. Antes não sabia nem ir ao banco, agora tiro de letra."
Cristiana ainda nem conseguiu ver apartamento para morar –ela se casa daqui a três meses. Depois de casada, quer trabalhar um pouco menos, para cuidar da casa. Mas não sabe se vai conseguir. "Nunca pensei que pudesse gostar disso um dia."

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