São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Funcionários noturnos são 'o ponto fraco'

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os donos de empresas 24 horas são unânimes em afirmar que o "ponto fraco do negócio" é o problema com funcionários que trabalham à noite.
É preciso encontrar profissionais competentes, de confiança –já que o dono não pode ficar no local o dia todo– e, principalmente, que gostem do horário noturno.
Vito Carrieri, da consultoria Martinovich & Rudner, diz que, para não ficar na mão, é necessário ter um cadastro de candidatos que possam ser chamados em casos de emergência.
Cumprir a legislação trabalhista é fundamental para evitar problemas com fiscais do Ministério do Trabalho.
O trabalho noturno tem regras próprias dentro da CLT (Consolidação das Leis do trabalho), mas, dependendo da atividade, é importante checar os acordos coletivos nos sindicatos de trabalhadores.
Walcris Rosito, 22, consultor da Trevisan Tributos, diz que o ideal é contratar funcionários por turnos de revezamento em períodos de seis horas.
"Dentro desse sistema de revezamento, os funcionários que trabalham das 22h às 5h têm um tratamento especial", diz.
Segundo ele, a cada período de 52,5 minutos o funcionário deve receber por uma hora de trabalho. Além disso, é necessário pagar 20% de adicional noturno por hora (ou período de 52,5 minutos).
"Na prática, a hora do funcionário noturno custa 37,14% mais em relação ao trabalhador diurno", calcula.
Detalhe importante da lei é que a empresa deve proporcionar ao empregado um intervalo para descanso de 11 horas entre um período de trabalho e outro.
É necessário que o funcionário tenha 24 horas de folga por semana. Se for homem, essa folga deve cair no domingo uma vez por mês; se for mulher, duas vezes por mês. (NR)

LEIA MAIS
Sobre negócios 24 horas na pág. 9-2.

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