São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Lopes apontou tendência à queda

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Em outubro do ano passado, quando a inflação passava dos 3% mensais, o economista Francisco Lopes, então na consultoria Macrométrica, dizia para seus clientes que o número não era preocupante e que a tendência era de queda.
Andando na contramão dos demais consultores, Lopes escrevia nos seus boletins que a tendência dominante aparecia no Índice de Preços no Atacado-Indústria, da FGV, que estava perto de zero.
Assim, o economista previa que os índices de preço ao consumidor seriam menores em dezembro, na faixa dos 2%. A maioria dos consultores gravava de 3% a 3,5%.
Os números finais estão saindo ainda um pouco menores do que os previstos por Lopes, agora diretor do Banco Central.
Suas previsões para este ano, que se tornaram um instrumento da equipe econômica, indicam que a inflação permanece bastante baixa nos três primeiros meses, voltando a subir em abril e maio.
Nesse período, os preços estarão pressionados pela entressafra agrícola, por mensalidades escolares e por salários de importantes categorias que têm data-base.
Mas a alta não deve bater nos 3%, sendo sucedida por quedas mais fortes. Para Lopes, os picos mensais de inflação serão cada vez menores; as oscilações das taxas ficarão mais estreitas.
No final do ano ele espera inflação perto de 1% ao mês (12,6% ao ano). O nível ideal (6% anuais), só seria alcançado ao final de 96. Mantido o plano, é claro.
(CAS)

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