São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995![]() |
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Governistas rejeitam secretaria para cargos
LUCIO VAZ; DANIEL BRAMATTI
Na prática, avaliam que haverá intermediários demais para uma decisão que, em última instância, será tomada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa idéia não vai prosperar", disse o presidente nacional do PP, Álvaro Dias. Ele se recusou a comentar a possibilidade de indicar nomes para o novo órgão. Os aliados do governo prevêem conflitos entre os quatro representantes dos partidos que vão integrar a secretaria. Muitos dos cargos deverão interessar a mais de uma bancada no Congresso. Não haverá como arbitrar este conflito sem a participação de FHC, dizem as lideranças governistas. O líder do PL na Câmara, Valdemar Costa Neto (SP), tem a mesma opinião: "Um assunto desses conduzido por várias pessoas não tem bom resultado". Lideranças do PFL não acreditam na fórmula e prevêem que a prática vai demonstrar que a coordenação não terá poder de decisão. A secretaria seria ocupada por ex-parlamentares indicados pelos líderes partidários. Os nomes mais cotados são os de Jonival Lucas (PMDB-PA), Jonas Pinheiro (PTB-AP) e Wilmar Dallagnol (PFL-SC). José Abrão (PSDB-SP) seria o único parlamentar com mandato a integrar a secretaria. Mas Costa Neto acha que haverá tempo para o presidente encontrar uma fórmula: "A briga começa em fevereiro (data do início dos trabalhos no Congresso). Seguraram as nomeações até a chegada dos novos deputados", diz. O líder do PL não esconde que o partido quer negociar: "Todos querem ocupar espaço no governo. O PFL está onde chegou porque teve muitos cargos", avalia. "Ajudamos a ganhar a eleição. Queremos ajudar a governar", argumenta Álvaro Dias. Texto Anterior: Lopes apontou tendência à queda Próximo Texto: FHC não sabe como aliar promessas e pão-durismo Índice |
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