São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995![]() |
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Denúncia vazia
NELSON DE SÁ
A CBN jogou pesado, usando tom de denúncia para bradar que "o restaurante do Congresso ignora o Plano Real". Mais à frente, "há outros exemplos gritantes de total desrespeito ao plano econômico". Mais à frente, "não há até o momento nenhuma informação de que as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado pretendam agir contra o abuso nos preços". Parece comédia, mas foi expressa na maior seriedade. A mesma seriedade com que o deputado Paulo Paim apareceu no SBT para reclamar do atraso no pagamento dos salários dos parlamentares, um atraso que fez com que ele ficasse com saldo negativo no banco. Foi o petista, talvez movido pela falta de dinheiro, quem "distribuiu uma lista contendo preços majorados em até 150%, de diversos tipos de sobremesa oferecidos pelo estabelecimento", quer dizer, pelo restaurante. Uma das sobremesas, na expressão revoltada do correspondente da CBN: "Um Sundae foi vendido no dia 31 de dezembro por dois reais. Agora, para obtê-lo será necessário desembolsar quatro reais." Como disse a correspondente do SBT, em outro contexto, "o caso do deputado Paulo Paim é de chorar". Descriminação A descriminação da maconha perdeu um ponto. Ontem no TJ, o âncora Boris Casoy começou a tratar da proposta levantada pelo ministro da Justiça, Nelson Jobim. Começou ouvindo um viciado que, depois da maconha, saltou para outras drogas até chegar ao crack. Não é um exemplo dos melhores, para o projeto do ministro. Texto Anterior: Receita faz concessão para aprovar MP Próximo Texto: Bancários propõe saída para Banespa Índice |
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