São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995 |
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Cães matam menino de 10 anos no Paraná
JOSÉ MASCHIO
Alexandre morava com os pais no sítio Floresta, de José Roberto Santana, dono dos animais. O delegado de Rancho Alegre, Vitor Alves Pinheiro, 42, disse ontem que instaurou inquérito para apurar a morte do garoto. Ele afirmou que deverá ouvir Santana, na próxima segunda-feira. Segundo o médico Renato Tavares, do hospital municipal de Rancho Alegre, o menino ao local morto. "A fúria dos cachorros foi tanta que eles deixaram o corpo da vítima totalmente dilacerado", disse o médico. Alexandre foi socorrido pelo irmão, Gilberto, 13, que caminhou cerca de 2 km carregando-o nas costas em busca de socorro. Ricardo Leal Borges, que socorreu os irmãos e os levou ao hospital municipal de Rancho Alegre, afirmou que o garoto já estava morto ao ser socorrido. O pai dos garotos, Nivaldo Franco, estava em Londrina com a mulher e outros três filhos visitando um parente doente. Segundo Franco, há três meses ele trabalhava no sítio de Santana como encarregado da criação de suínos. José Roberto Santana não foi localizado ontem em sua casa, na rua Belém, no centro de Londrina. Segundo uma pessoa que se identificou como Marina, ele estava em Rancho Alegre, "acertando esta história dos cachorros", e só retornaria na manhã de hoje a Londrina. No sítio Floresta, em Rancho Alegre, não há telefone. Esta é a terceira vez que pessoas são mortas por cães no norte do Paraná desde 1991. Em setembro de 91, o menino Anderson Moreira Santana, 7, morreu em Cidade Gaúcha atacado por dois cães fila. Anderson havia entrado em um quintal para colher mangas e foi mordido no pescoço pelos cachorros. Em julho de 92, o caseiro da fazenda Santa Maria, em Bela Vista do Paraíso, foi morto por três cães roteweiler. Daniel Soares da Cunha, 77, não resistiu aos ferimentos no couro cabeludo e rosto. Texto Anterior: É encontrado no mar corpo de argentino Próximo Texto: Guerra às algas na Guarapiranga Índice |
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