São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995
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Indústrias elevam taxas de juros

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de apresentar novas listas de preços na virada do ano, alegando alta das matérias-primas, as indústrias começam aumentar o custo financeiro das vendas faturadas para os supermercados.
"A taxa de juros de 2,5% em dezembro, subiu para 3,5%, nos negócios liquidados depois de 30 dias", diz Firmino Rodrigues Alves, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
A Nestlé, a Quaker e a F. & Royal já teriam aumentado o custo da venda faturada, segundo Alves. "As outras devem vir atrás. Mas os supermercados vão bater o pé."
Procuradas pela Folha, a Nestlé e a Quaker confirmam a alta.
Horácio Rocha, diretor comercial da Quaker, diz que mesmo depois do aumento, a sua empresa está subsidiando em um ponto percentual os clientes. Isto é, sua taxa está abaixo da cobrada pelos bancos para obter capital de giro.
"Temos a convicção de que agimos corretamente, até porque não alteramos os preços de dezembro, no caso do pagamento à vista", explica Rocha. A argumentação da Nestlé é semelhante.
Alves, da Apas, não acredita que as indústrias tenham grande força para impor novos preços e um adicional financeiro nas vendas a prazo.
Motivo: os negócios no varejo abriram o ano em queda e os supermercados dispõem de um estoque de passagem maior.
(MCh)

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