São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Rússia aumenta bombardeio e prepara novo ataque a Grozni

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As Forças Armadas russas retomaram ontem às 8h (3h em Brasília) o bombardeio maciço contra Grozni, a capital tchetchena.
O ataque marcou o fim das 48 horas do cessar-fogo declarado por Moscou. A trégua havia sido desrespeitada pelos dois lados.
A agência "Interfax" informou que Moscou está enviando mais tropas, na preparação de um ataque frontal contra os rebeldes, que deve ser lançado hoje ou amanhã.
Edifícios em chamas e nuvens de fumaça vermelha eram vistos na cidade. Civis se refugiaram nos porões, enquanto as ruas cheias de escombros ficaram desertas.
A incapacidade das tropas russas de derrotar a resistência tchetchena gerou uma crise nas Forças Armadas da Rússia.
O Executivo negou a transferência do Estado-Maior das Forças Armadas para a Presidência.
Um dia antes, o presidente da câmara alta do Parlamento, Vladimir Chumeiko, havia dito que a decisão já fora tomada pelo presidente Boris Ieltsin.
A transferência do Estado-Maior para a autoridade direta de Ieltsin seria uma reprovação velada à atuação do ministro da Defesa, Pavel Gratchev, no conflito.
Em 26 de novembro, Gratchev disse que "duas horas e um regimento de pára-quedistas" resolveriam o conflito na Tchetchênia.
Ontem, ele repudiou a declaração do final de novembro e disse ter alertado que a crise tchetchena era "uma verdadeira guerra".
Em entrevista ao jornal militar "Estrela Vermelha", Gratchev disse que o conflito no sul da Rússia vai durar vários anos.

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