São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Reformas trazem novas dificuldades
REINALDO AZEVEDO
O vice-presidente é o encarregado de iniciar as negociações com os partidos, os mesmos representados no Conselho Político, na sua Secretaria Executiva (que já nasceu morta), no Conselho de Governo (já que muitos ministros são indicações partidárias), em suas câmaras executivas, nos ministérios e, finalmente, no próprio Congresso. Ainda que o relacionamento do governo com o Congresso só comece para valer a 15 de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura, FHC teve idéia das dificuldades que as reformas vão encontrar por ocasião da aprovação, pelo Senado, do nome de Pérsio Arida para o Banco Central. Para efetivar as reformas, o governo precisa de três quintos do Congresso, e não de uma simples maioria. Nem mesmo os aliados de FHC aos quais repugna a simples troca de cargos por apoio acreditam que o governo possa atingir esse quórum se não recompensar regiamente o apetite fisiológico dos partidos aliados. Um importante deputado da base governista, destinado a ser um dos principais interlocutores do governo com o Legislativo, reclamava à Folha, na semana passada, do rigor burocrático na distribuição dos cargos. Sincero em seu pragmatismo, afirmava que a reforma é prioritária e que terá, necessariamente, um preço. Enquanto Maciel segue auscultando as lideranças políticas, Nelson Jobim, da Justiça, busca criar o seu "camelo jurÍdico" (leia reportagem sobre a reforma à página 1-7). Texto Anterior: 'Reengenharia' cria reunião e confusão Próximo Texto: Seis morrem em chacinas na zona sul de SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |