São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995
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Sindicalistas buscam se adaptar à era do real

LUIZ ANTONIO CINTRA; SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas antigas reivindicações do movimento sindical –a reposição de perdas salariais e a briga pelo fim de demissões–, começam a perder importância, agora que a economia dá sinais de recuperação. Com isso, novas linhas de ação passam a ser traçadas pelas lideranças.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, diz que o movimento sindical deve se ocupar de três frentes. Duas delas são práticas conhecidas do movimento sindical –fortalecimento do trabalho junto às bases e maior organização interna.
A novidade, de acordo com Vicentinho, é a necessidade do sindicato se aproximar cada vez mais dos problemas que afligem toda a sociedade. Exemplos disso são a campanha contra a fome e o Movimento Pela Ética na Política.
"Não é o caso de os sindicatos abandonarem suas antigas reivindicações, mas sim de incorporar essas novas preocupações", diz.
Sérgio Mendonça, diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), diz que o movimento sindical começa a se reciclar com a estabilidade econômica.
"O sindicato deve lutar por ganhos de produtividade e participação nos resultados das empresas".
Para o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, o sindicalismo precisa ser "reinventado". Isso passa, segundo ele, pela discussão sobre a velocidade ideal para a abertura da economia e a maneira de promover a necessária modernização.

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