São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995 |
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Flauta-fêmur, maraca não untada Flauta-fêmur, maraca não untada SEVERO SARDUY mas com amor lambida, matracaque em seu alucinado tira e tasca por simétricos orbes capturada aumenta sua grossura. Desaforada o sufocante sobe e desce malha, que de cifra final ou de mortalha lhe servirá uma espádua. Lúbrida fada que sem pretexto nem pudor derrama por sobre os lábios uma cruz de giz, a médula dos ossos que se esgota bem na fulguração de sua chama, entre a incandescência e a cinza gris: morte que vai caindo gota a gota. Tradução de JOSELY VIANNA BAPTISTA Flauta-fémur; maruga no engrasada Flauta-fémur; maruga no engrasada sino lamida con amor, matraca que en su desatinado mete y saca por simétricos orbes apresada aumenta su grosor. Desaforada reanuda el sufocante sube y baja que de cifra final o de mortaja le servirá una espalda. Lúbrida hada que sin pretexto ni pudor derrama sobre los labios una cruz de tiza, médula de los huesos que se agota en el chisporroteo de su llama, entre la incandescencia y la ceniza: muerte que va cayendo gota a gota. (De: "Erotismos") Texto Anterior: Poema Próximo Texto: 9.7.4; 9.7.8; 9.7.17 Índice |
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