São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Tendência alarma grupos de direitos humanos
DANIELA ROCHA
O instituto listou 16 nomes de chefes de milícias que pregam ideais racistas ou têm alguma ligação com grupos extremistas brancos. Entre os nomes está o fundador da Milícia de Michigan, Ray Southwell. O Law Center diz que há alguns meses Southwell se encontrou com Bobby Norton, diretor do grupo racista Nação Ariana do Sul. Segundo o pesquisador que estuda milícias Chip Berlet, do Political Research Associates, em Cambridge (Massachusetts), existem vários tipos de milícias e o movimento de Michigan é baseado na crítica ao governo. Existem, segundo ele, grupos extremistas arianos que pregam a supremacia dos brancos, militantes negros, terroristas, anarquistas e outros movimentos nos EUA. "Na Milícia de Michigan existe um tipo de paranóia sobre uma conspiração do governo ou das elites, que teriam um plano apocalíptico de tomar o poder. Para eles, o mundo dividide-se entre 'nós e eles"', afirmou. Berlet discorda que a Milícia de Michigan tenha ligação com grupos de supremacia ariana. "Isso até favorece a ampliação do movimento", disse. Segundo ele, existe um crescente número de pessoas em todo o país promovendo teorias conspiratórias em publicações, palestras e entrevistas a rádios. "Essas teorias são muito atrativas na superfície e entretêm o público, mas servem para dissuadir as pessoas de uma discussão e uma análise mais séria e profunda sobre a atitude do governo, a política internacional e as liberdades civis", disse Berlet. (DR) Texto Anterior: Cresce o número de milícias nos EUA Próximo Texto: Os norte-americanos vivem um estado de espírito conservador Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |