São Paulo, sexta-feira, 20 de janeiro de 1995 |
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Ainda falta cortar R$ 9 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Os vetos de R$ 3,2 bilhões não são suficientes para fazer o ajuste pretendido pelo governo no Orçamento. Falta ainda um esforço de R$ 9 bilhões em novos cortes, remanejamentos de despesa e em ganho de receita.No total, os vetos ao Orçamento chegaram a quase R$ 7 bilhões. Mas, deste total, R$ 3,4 bilhões é resultado de corte de investimentos das estatais, o que não é considerado no cálculo do déficit. Os vetos são só a primeira etapa, informou o ministro José Serra (Planejamento), 52. Até março, um novo projeto de lei deverá ser enviado ao Congresso, fazendo ajustes adicionais que não possam ser feitos por decreto. Conforme o ministro, de acordo com o conceito utilizado de déficit operacional, não será admitido o uso de receitas de privatização para cobrir despesas correntes (custeio da máquina, por exemplo). O resultado da venda de empresas estatais vai pagar exclusivamente amortização de dívida pública, disse ele. "É preciso acabar com o orçamento de ficção. O que ficar (após o ajuste) será para valer", assegurou o ministro, referindo-se ao fim do controle na boca do caixa. Como prevê a legislação, o governo vai baixar decreto estabelecendo tetos trimestrais de gastos, para que os ministérios possam se programar. Os vetos foram anunciados após uma reunião ministerial. Os ministros, segundo o porta-voz Sérgio Amaral, preferem ter um orçamento menor mas que seja realmente executado. Texto Anterior: FHC sanciona lei; Telebrás perde R$ 3,2 bi Próximo Texto: Governo quer fechar 349 agências do BB Índice |
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