São Paulo, sexta-feira, 20 de janeiro de 1995
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EUA podem pedir que México rompa com Cuba

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O mercado mexicano trabalhou em total nervosismo ontem diante dos boatos de que os Estados Unidos imporiam ao México o rompimento imediato com Cuba, além do controle da imigração, a privatização da empresa petroleira Pemex e reformas políticas como condições para conceder o empréstimo de US$ 40 bilhões.
Os boatos derrubaram o mercado ontem. O peso e a Bolsa de valores perderam terreno. O principal índice da Bolsa caiu 3,3% na metade do pregão e o peso sofreu nova desvalorização, sendo cotado nas principais casas de câmbio a 5,58 ante os 5,43 da véspera.
As notícias sobre as exigências que os Estados Unidos poderiam fazer provocaram fortes reações em diversos setores do México, principalmente o político, que qualifica as condições como "draconianas e inadmissíveis".
Nos Estados Unidos, a Câmara prorrogou para as próximas duas semanas, a votação do plano de garantias de crédito para o México proposto pela Casa Branca, segundo anunciou o presidente do grupo republicano na Câmara, John Boehner.
Segundo ele, o grupo não quer examinar o plano antes do debate sobre a inscrição na Constituição de uma emenda relativa ao equilíbrio orçamentário.
O mercado mexicano praticamente ignorou as declarações do presidente Ernesto Zedillo de que estuda reformas constitucionais que permitam o acesso dos investidores estrangeiros ao sistema de comunicações por satélites e às estradas de ferro e manteve o nervosismo.
O Instituto Nacional de Estatística, Geografia e Informática mexicano informou que o desemprego em novembro foi de 3,9%, o nível mais alto desde 1988. São 10,8 milhões de desempregados.

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