São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Custo estimado é de até R$ 3 mi

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha que tentará mobilizar a sociedade para os problemas da educação será composta de três comerciais de TV, três anúncios de jornal, três de revistas e jingles de rádio.
A campanha, apoiada pelo Ministério da Educação, está sendo oferecida de graça pela equipe de publicitários da agência DM9 responsável pelo marketing eleitoral de Fernando Henrique Cardoso.
Um trabalho desse porte demanda investimento de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões, conforme apurou a Folha.
Valor semelhante foi investido pela Fundação Odebrecht para veicular, em agosto e setembro de 1994, uma campanha institucional similar.
Somente a fase de planejamento e criação do trabalho custaria cerca de R$ 300 mil, a preço de mercado, segundo levantamento feito pela Folha.
Outros R$ 500 mil teriam de ser empregados na produção de comerciais, jingles e peças de mídia impressa.
A lei 4.690, que regulamenta a atividade das agências de publicidade, veda a prestação de serviços gratuitos.
A campanha educacional somente será produzida e veiculada quando houver adesão de patrocinadores privados, segundo o publicitário Geraldo Walter, sócio de Nizan Guanaes na DM9 Institucional.
Se a campanha for assinada por algum órgão do governo federal terá de ser submetida a processo de licitação, disse Persio Pisani, subsecretário de Comunicação Social da Presidência da República.
Pisani informou que em dez dias serão divulgadas novas regras para "aprimorar" a licitação da publicidade oficial.
Ele diz que Secretaria de Comunicação Social está entre os 15 órgãos do governo impedidos de realizar licitações por não dispor de verba alocada para essa finalidade.

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