São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Flynn dá vida a Robin Hood

JOSÉ GERALDO COUTO
DA REPORTAGEM LOCAL

As qualidades do clássico "As Aventuras de Robin Hood" (Globo, 0h) ficaram mais evidentes depois das recentes e desastrosas tentativas de reviver na tela o legendário herói-bandido.
Em matéria de impacto e charme, Kevin Costner (em "Robin Hood, Príncipe dos Ladrões") e Patrick Bergin ("Robin Hood") ficaram a léguas de distância de Errol Flynn.
A versão de Michael Curtiz, com Flynn como protagonista, não era a primeira –em 1922 Douglas Fairbanks (pai) conseguiu seu primeiro sucesso vestindo o colante do herói–, mas tornou-se desde então a definitiva.
As razões são muitas: o carisma de Flynn (e de sua "partner" Olivia de Havilland), a mão segura de Curtiz para as cenas de ação, o roteiro enxuto e o belíssimo technicolor.
Tudo é rápido e rasteiro (para o bem e para o mal) nesta versão popular dos conflitos entre normandos e saxões na Inglaterra, na época das Cruzadas. O que importa é o ritmo empolgante da ação.
Indicado para o Oscar de melhor filme, perdeu para "Do Mundo Nada Se Leva", de Frank Capra. Levou as estatuetas de cenografia, música (de Erich Wolfgang Korngold) e montagem.
Em tempo: o filme começou a ser dirigido por William Keighley, que logo ficou doente e foi substituído por Curtiz, para sorte de todos.
(JGC)

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