São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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'Passei fome, frio e sede'

PAULO HENRIQUE BRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

"Eu achava que ela estava morta, que estavam me tapeando." A frase de Benita Santos Ike, 56, mostra a angústia vivida por ela nos dias que sucederam o terremoto.
Magali Ike, 33, diz que passou, "fome, frio e sede", e ficou três dias sem tomar banho na escola onde ficou alojada em Kobe.
Ela saiu de Santos (SP) há um ano para trabalhar em uma fábrica de peças eletrônicas em Kobe. Deixou no Brasil a mãe, o filho Eduardo, 11, e o irmão Massal.
"Na hora do tremor, tentei sentar na cama, mas não conseguia. Vi que as portas tinham caído. Peguei a bolsa e corri para fora," relata.
Para esquecer o que passou, foi recebida pela família e amigos com o seu prato preferido, peixe assado, e bolo de chocolate.
(PHB)

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