São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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Molécula protege contra parkinsonismo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma molécula que ocorre naturalmente no organismo pode se tornar a base para um futuro tratamento contra o mal de Parkinson.
Quatro equipes independentes de pesquisadores publicam hoje, na revista Nature, resultados que mostram o efeito protetor da molécula GDNF, que existe naturalmente no organismo.
Cientistas do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, descobriram que a molécula funciona como uma vacina para os neurônios (células nervosas) de ratos.
Se os animais recebem a GDNF (sigla inglesa para fator neurotrófico derivado de células da glia), eles resistem à ação de substâncias tóxicas que causam sinais clínicos semelhantes aos apresentados por portadores do mal de Parkinson –tremor durante o repouso, rigidez e instabilidade de postura.
A molécula foi capaz de proteger justamente o tipo de neurônio acometido na doença, o que produz a substância dopamina.
Quando, por motivos não estabelecidos, esse tipo de neurônio começa a morrer, surge o quadro clínico do mal de Parkinson.
Uma outra equipe, da empresa Genentech, na Califórnia, mostrou que a molécula evita que neurônios degenerem mesmo se eles forem cortados.
Geralmente, esse tipo de lesão celular leva o neurônio à morte.
Resultados semelhantes foram obtidos pela equipe de outra empresa, Amgen, também com sede na Califórnia, e por cientistas da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte.
As pesquisas estão ainda em fase inicial, e ainda não há planos para testes da substância em seres humanos.

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