São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Congresso começa a discutir a nova Constituição sul-africana
FERNANDO ROSSETTI
O mais importante é se o próximo governo –e todos os que o seguirem– será do partido que tiver mais votos ou se terá ministros de vários partidos de acordo com os votos que obtiverem na eleição. Atualmente, o governo é de coalizão, fruto de uma Constituição provisória que definiu as regras para a eleição de 1994 e para a formação da Constituinte. Pelo cronograma dos constituintes, um esboço do texto deve estar pronto até o segundo semestre para discussão no país. O texto definitivo deve sair até maio de 96. Em sua fala de abertura, Cyril Ramaphosa, secretário-geral do Congresso Nacional Africano (CNA) e presidente da Assembléia Constituinte, defendeu que o governo seja só de um partido. O CNA tem 62% dos constituintes –pouco menos que os dois terços necessários para aprovar a Constituição. Por isso, embora tenha eleição praticamente garantida em 1999, terá de negociar com as outras forças políticas do país. O Partido Nacional (20% da Assembléia), que monopolizou o poder durante quase meio século, defende que o governo continue sendo uma coalizão. Com o Partido da Liberdade Inkatha (10%), o CNA tem outra grande disputa. O Inkatha, de maioria zulu, defende mais autonomia para as nove Províncias, na forma de uma federação. Texto Anterior: Governo tem poucas chances de sobreviver Próximo Texto: Ex-militares mantêm reféns em El Salvador Índice |
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