São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
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Ministro da Agricultura fecha a compra de 49% das ações da CNT
CARI RODRIGUES
O negócio foi confirmado ontem à Folha pelo empresário José Carlos Martinez. O valor da compra não foi revelado por Martinez, que continua com o controle acionário da CNT. Agora, o empresário paranaense e o ministro são os dois únicos sócios da rede. Andrade Vieira, um dos controladores do banco Bamerindus, comprou a participação na CNT como pessoa física. Mesmo assim, ele criou certo constrangimento dentro do governo. O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, havia formado um grupo de trabalho para estudar novas regras para concessão de canais de rádio e TV. O objetivo do governo é que critérios técnicos e não políticos determinem as escolhas para concessões. Se o ministro da Agricultura tivesse adquirido o controle acionário (mais de 50% das ações) da CNT, a transferência teria que passar pela aprovação do presidente. Isso é o que diz o artigo 90 do regulamento de radiodifusão. O ministro das Comunicações não quis falar sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa, Motta vai se manifestar quando a compra for oficializada. O Ministério das Comunicações planeja mudar as regras para transferência, renovação e novas concessões nos próximos 50 dias. O governo promete evitar a concentração de emissoras de rádio e TV. O ministro da Agricultura já detém parte do capital de quatro veículos de comunicação no Paraná. A nova administração da CNT será exercida por um conselho de quatro pessoas: duas indicadas por Vieira e duas por Martinez. O ministro da Agricultura nomeou um parente para o conselho, José Antônio Vieira Filho, e o jornalista Mauro Guimarães, informou Martinez. Vieira Filho terá o cargo de superintendente. Martinez continua na presidência. Texto Anterior: Socióloga acerta colaboração do IBGE para o combate à miséria Próximo Texto: Inativos já respondem por 47% da folha Índice |
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