São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Governo quer a participação de capital estrangeiro nos bancos

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo pretende incentivar a participação do capital estrangeiro na privatização de instituições financeiras oficiais, em especial os bancos estaduais.
A área jurídica do BC estuda medidas para serem adotadas sem mexer na Constituição.
O artigo 52 das Disposições Transitórias da Constituição proíbe o aumento do percentual de participação no capital de instituições brasileiras, seja de pessoas físicas ou jurídicas.
No entanto, o parágrafo único deste mesmo artigo abre exceções no caso de interesse do governo.
A intenção do governo é tentar encontrar uma brecha na legislação, que prevê exceções à proibição em caso de interesse.
A previsão do governo é que a privatização de bancos oficiais será mais fácil com a participação de capital estrangeiro e é considerada pela equipe econômica como a solução ideal para os problemas financeiros das instituições.
Podem sofrer também intervenção os bancos estaduais de Mato Grosso e Rondônia. O Badern (RN), já está em liquidação. Os primeiros bancos estaduais a serem privatizados devem ser o Credireal (MG) e o BEC (Banco do Estado do Ceará).
A alternativa seria a capitalização, mas o BC tem informações de que muitos Estados não têm como aumentar o capital.

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