São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Presidente se adapta ao Palácio do Alvorada; vice estranha nova casa

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fernando Henrique Cardoso é o primeiro presidente desde Juscelino Kubitschek que não está achando ruim morar no Palácio do Alvorada. Até mesmo o seu criador, Oscar Niemeyer, ficou surpreso com a receptividade de FHC à nova casa, revelada anteontem.
Se FHC e sua família estão adaptados, o mesmo não acontece com o vice-presidente Marco Maciel, que está achando o Palácio do Jaburu "impessoal". A antiga casa de Itamar Franco, segundo ele, "não tem cara de casa, porque é grande demais".
Tanto o presidente quanto o vice têm à sua disposição imensas áreas verdes, piscinas, áreas para cooper, bosques, lagos e amplos salões para receber visitas em jantares e recepções, Mas têm dificuldade na parte íntima das casas.
No Alvorada, a primeira-dama Ruth Cardoso reclamou nos primeiros dias do excesso de seguranças e serviçais, que ela encontrava logo que saía do quarto. Há cerca de 70 servidores à disposição de FHC, o dia todo.
Os principais motivos –o calor excessivo e o cheiro de gordura– que levaram o ex-presidente José Sarney a mudar de casa no meio do mandato, não existem mais graças a uma ampla reforma feita no governo Collor.
Foram colocados filtros solares nos imensos vidros e exaustores na cozinha. FHC conta com suítes com ar-condicionado, um cinema particular e uma ampla biblioteca.
A falta de uma biblioteca é justamente um dos maiores problemas enfrentados pelo vice Marco Maciel. Ele tem mais de 2.000 livros que não sabe onde guardar.

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