São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Regulamento da competição recebe críticas de dirigentes

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O regulamento do Campeonato Paulista de 1995 deve ser o mais polêmico dos últimos anos. Apesar de a fórmula de disputa ser praticamente a mesma dos anos de 1990 a 1993, as poucas variações estão provocando protestos de alguns clubes.
No fim da semana passada, os responsáveis pelo futebol profissional no Corinthians e São Paulo disseram à Folha ser favoráveis à publicação prévia dos critérios para a composição dos grupos da segunda fase.
Tanto o direitor são-paulino Márcio Aranha quanto o vice-presidente corintiano Romeu Tuma Jr. não concordam com a decisão da Federação Paulista de Futebol de definir arbitrariamente os grupos só depois da primeira fase.
Farah disse que agiu dessa maneira para impedir que os clubes de maior torcida fiquem no mesmo grupo na segunda fase.
Técnicos como Mário Sérgio e Muricy Ramalho também defendem a idéia de critérios prévios.
Outro assunto que provoca polêmica são os anexos. O regulamento do grupo A-2 não define quem é o campeão –depois de dois turnos, uma das equipes passa para o grupo A-1 e as outras 15 disputam mais um turno.
O critério –o campeão é o melhor após dois turnos– foi definido num anexo, segundo disse à Folha o presidente da FPF, Eduardo José Farah.
Outra questão que é apontada fora do corpo principal do regulamento são os critérios para a classificação para a Copa do Brasil.
Também estão no anexo a proibição de os clubes disputarem jogos paralelamente ao Campeonato Paulista no tempo que a competição durar.
Farah disse essa proibição só vale para novos pedidos e não atinge a Taça Libertadores da América, a Copa do Brasil e os amistosos que o São Paulo programou no primeiro semestre.
Apesar disso, estão marcados jogos do Paulista nos dias em que o clube estará viajando.
Um item do regulamento pune os clubes em cujos estádios ocorrerem tumultos, mas o texto não deixa claro em que critérios vai se basear a punição.
Na quinta-feira passada, o São Paulo encaminhou um documento à FPF protestanto contra vários pontos do regulamento.
O documento, assinado pelo presidente interino do clube, Constantino Cury, acusa Farah de ter se outorgado poderes demais.
(MD)

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