São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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BUSCA DE PRESTÍGIO

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o atacante Bentinho, 23, este é o ano de sua vida. Promessa aos 13 anos, já estava na equipe profissional da Portuguesa aos 16.
Desde então, teve bons momentos, mas ainda procura um lugar entre os melhores do país na posição.
(MD)

Folha - Aos 16 anos, esperavam muito de você. Por que você não rendeu tanto até agora?
Bentinho - Na Portuguesa, não me deixavam jogar partidas seguidas. Quando fizeram isso, em 1992, fui vice-artilheiro do Paulista (15 gols, atrás apenas de Válber, do Mogi Mirim, hoje no Palmeiras).
Folha - No Japão você fez 16 gols em 21 partidas. Como você jogava?
Bentinho - O sistema de jogo era o 3-5-2. Eu era o atacante pela esquerda. Só voltava até o meio-campo. O outro atacante, o Takeda, ficava mais fixo. Eu me movimentava mais.
Folha - O atacante pela esquerda do São Paulo era o Muller. Você pode jogar como ele?
Bentinho - Não. Ele é muito veloz e eu não. Meu estilo é mais de tocar a bola.
Folha - Quando você chegou, disse que precisava de um tempo para se adaptar, pois tinha vindo de países sem tradição no futebol –Arábia Saudita e Japão. Como você se sente agora?
Bentinho - Já estou adaptado. Aqui tudo é mais fácil.
Folha - Qual a diferença entre o São Paulo de hoje e a Portuguesa daquela época?
Bentinho - A Portuguesa naquela época tinha só dois ou três bons jogadores. O São Paulo tem muitos.
Folha - O que significa estrear no São Paulo?
Bentinho - Estou perto de um sonho antigo. Agora é só trabalhar e colher os frutos.

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