São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FPF organiza comissão para salvar estado dos gramados

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos foi a primeira vítima da decisão da Federação Paulista de Futebol de controlar a qualidade dos gramados.
O clube, para não ter seu campo vetado, decidiu fechá-lo por conta própria até que a reforma nele esteja pronta.
A obrigatoriedade de os clubes cuidarem de seus campos era uma reivindicação antiga de vários técnicos e jogadores, inclusive Telê Santana, técnico do São Paulo, atualmente em férias.
O argumento a favor da fiscalização é que campos em mau estado prejudicam o espetáculo, favorecem atitudes violentas e ainda por cima tornam os jogadores mais sujeitos a contusões, especialmente entorses de joelho e tornozelo.
A Federação anunciou no regulamento que o clube que não mantivesse o seu estádio em ordem poderia ser obrigado a disputar suas partidas em outro local.
A FPF também anunciou que formaria uma comissão para verificar o estado dos estádio, gramado incluído. Essa comissão, inicialmente, era para ser formada por um juiz de futebol, um jogador e um técnico.
Para a FPF, a composição da comissão, que não teria nenhum membro da federação, daria maior credibilidade às suas decisões.
Diante da dificuldade de encontrar profissionais em atividade com tempo para se dedicar a essa tarefa, o presidente da Federação Paulista de Futebol decidiu convidar apenas pessoas que já ocuparam essas funções no passado.
Até a quinta-feira, porém, a comissão ainda não havia sido formada.
A vistoria nos gramados estava sendo feita, segundo a assessoria de imprensa da FPF, pelo diretor da escola de árbitros, Gustavo Caetano Rogério.
O ex-árbitro Ancel Lancman estava vistoriando os estádios, na parte de infra-estrutura (vestiários, segurança etc.).
O Santos iniciou a reforma do gramado após o Campeonato Brasileiro, mas a grama ainda não está enraizada. A avaliação é de que ela só deverá estar em boas condições na segunda semana do campeonato.
Para proteger o gramado, a diretoria decidiu transferir o jogo de amanhã contra o União São João para o estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa de Santos.
"Para não comprometer o trabalho, resolvemos jogar em outro campo", afirmou na terça-feira o administrador do Santos, Antônio Gaia de Oliveira.
(MD)

Texto Anterior: BUSCA DE PRESTÍGIO
Próximo Texto: Torneio vive fase de 'entressafra'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.