São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
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Presos acusados de esfaquear operário no RN
PAULO FRANCISCO
O crime aconteceu na madrugada da última quarta-feira. O corpo de Silva foi encontrado pela polícia dentro da geladeira de sua casa. Um botijão estava encostado na porta da geladeira. Segundo a polícia, J.L.R.A. assumiu sozinho o crime e não quis revelar o motivo. "Deu vontade e pronto. Não houve nada, só loucura", afirmou à polícia. Perguntado se a vítima chegou a gritar, ele respondeu: "Se você furar na terceira costela, atinge o pulmão e ninguém grita". O delegado de Parnamirim, Gildeon Henrique Bezerra, 39, sargento da PM, disse não poder afirmar se a vítima era homossexual. "Pelas informações já colhidas, tudo indica que sim", afirmou. Segundo Bezerra, os vizinhos informaram que na casa de Silva "era um entra e sai de garotos e garotas". A polícia apurou que na noite de terça-feira Silva teria levado para sua casa os dois adolescentes para beberem juntos. Teria havido uma discussão dentro da casa e o operário colocou os adolescentes para fora, saindo em seguida para resolver um problema. Mais tarde, Silva teria voltado para casa e encontrado os dois, que entraram utilizando uma chave falsa. E.V.A. disse à polícia que, após beber cachaça e guaraná, ficou ouvindo música, sem prestar atenção na conversa do amigo com a vítima. Segundo ele, sem que houvesse qualquer discussão, J.L.R.A. começou a aplicar os golpes de faca pelas costas do operário. E.V.A. disse que só ajudou a colocar o corpo dentro da geladeira. Os adolescentes não justificaram à polícia o motivo de guardar o corpo dentro da geladeira. Para a polícia, eles queriam retardar o encontro do cadáver. Texto Anterior: Acusada de matar marido espera justiça Próximo Texto: Mulher é indiciada por morte em atropelamento Índice |
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