São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Falta critério à grafia dos nomes

DANIEL PIZA
DA REPORTAGEM LOCAL

A grafia dos nomes gregos, como a dos russos, é um camaleão nas edições brasileiras: cada ora assume um aspecto. Ou melhor, esse foi um exagero –o que acontece é que cada tradutor tem seu critério, não existe uniformidade.
O deus da fertilidade e do vinho, por exemplo, pode receber o nome de Dionísio, Dioniso, Diôniso, Dionisus ou Diônisos.
São dois os critérios mais comuns. Um é o adotado, por exemplo, por Mário da Gama Kury, tradutor de peças gregas e do "Dicionário Oxford de Literatura Grega" (editora Zahar), que é seguir a sonoridade do original grego.
Para Kury, o certo é Diônisos –e não Dioniso, como na tradução de Krausz para o livro de Schwab. Kury também adota Heraclés em vez de Héracles (vulgo Hércules). E assim por diante.
Outra escola, mais antiga, e seguida por Junito Brandão, organizador do "Dicionário Mítico-Etimológico" (Vozes), segue o critério da sonoridade em português. O certo, para Brandão, também é Dioniso, embora a fala comum utilize Dionísio (como elísio).

Próximos volumes
Os outros dois volumes da obra de Schwab ainda não têm data de lançamento, mas são para 1995.
O segundo trata dos mitos troianos (Aquiles, Guerra de Tróia) e narra, a partir do teatro grego (Sófocles, Ésquilo e Eurípedes), as histórias dos últimos tantálidas (Agamêmnon, Orestes e Ifigênia).
O terceiro reconta a "Odisséia", de Homero, e a "Eneida", de Virgílio, resumindo as histórias vividas por Odisseu e Enéias.
(DP)

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