São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Independentes lançam produtos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do que ocorre nos EUA, o investidor brasileiro não conta com uma legislação que obrigue o banco a separar a administração do seu próprio dinheiro e a gestão dos recursos de terceiros, como forma de evitar o chamado "conflito de interesses".
Esse conflito pode se materializar na hipótese do diretor de um banco colocar CDB de sua emissão na carteira do fundo de renda fixa que administra, por conta de dificuldades de vender esses papéis no mercado. Ou transferir prejuízos da sua carteira própria de ações para um fundo.
Em função desse risco, segundo Aristeu Zanúncio, nos EUA e na Europa vem crescendo o número de administradores independentes, ou seja, não pertencentes a conglomerados financeiros.
Esse espaço vem sendo ocupado pelo grupo Brasilpar, presidido por Roberto Teixeira da Costa, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que em setembro de 1994 lançou dois fundos de ações carteira livre.
Neste mês, o grupo está lançando outros dois fundos –um de commodities e outro de ações carteira livre– em parceria com a seguradora Porto Seguro.
A Brasilpar será a responsável pela administração das carteiras, enquanto os 3 mil corretores da Porto Seguro se encarregarão da venda de quotas dos fundos aos seus 500 mil clientes.

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