São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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QUASE UMA ELEGIA Também eu aguardei na colunata DA BOLSA, OUTRORA, O FIM DA CHUVA FRIA. Julgava-a dom de Deus. E era sensataminha suposição. Pois algum dia também eu fui feliz. Fui prisioneiro Feito Jacó, fitava, sorrateiro, uma beldade –rápido– descendo a escada principal. Aonde tudo se foi. Sumiu. Olho janela afora: o "aonde" acima, eu o escrevi, contudo, sem ponto de interrogação. Agora é Setembro. Um trovão distante invade meu ouvido. Eis um horto. Peras pensas, cheias de seiva nas ramagens densas, parecem signos de virilidade. E o ouvido admite, como gente avara parentes na cozinha, um som assíduo música ainda, é mais do que ruído. Outono de 1968 Uma primeira versão desta tradução, por Nelson Ascher e Aleksandar Jovanovic, foi publicada na Folha em 87 Texto Anterior: ODISSEU A TELÊMACO Próximo Texto: SOBRE A MORTE DE JÚKOV Índice |
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