São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Labirinto cheio de mistérios

DAVID DREW ZINGG

O Diva Donna é o novo parque de diversões para a gente jovem, rica e famosa de Sampalândia. Fica no antigo endereço do Rock Dreams. E o espaço é generoso. Em três pisos inteiros dividem-se pista de dança, restaurante e bar.
Quando eu passei por lá outro dia, quase briguei com um tipinho hippie de cabelo comprido e eriçado, que parecia não tomar banho há mais de um ano. Ele me viu olhando para ele e veio me perguntar: "O que você está olhando, cara?". Eu evitei a briga tentando ser agradável: "Oh, me desculpe", eu disse. "Há uns 25 anos eu transei com um búfalo e estava pensando que talvez você pudesse ser meu filho."
Este bar, restaurante e danceteria é cheio de surpresas misteriosas. Você entra pelo subsolo, passando por um corredor que parece um labirinto. Em uma vitrine viva, artistas representam experiências do dia-a-dia em performances no mínimo curiosas.
Na minha opinião, deve ser bem difícil conseguir deixar os frequentadores da casa felizes. Me faz pensar no meu bordel preferido no Texas. Certo dia, a melhor garota da casa disse à cafetina que estava indo embora. "Leila", disse a patroa, "Você é a melhor garota que nós temos. Você ama seu trabalho. Só hoje você deve ter subido para o quarto com pelo menos 50 caras." "Esse é o problema", respondeu a moça. "É essa maldita escada. Meus pés estão me matando".
Diva Donna. Al. Tietê, 580, Jardins. Tel. 852-0518. Segunda a sábado: 21h/último cliente. Cerveja: R$ 2,50.

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