São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conheça o novo vírus

Família de filovírus (vírus filamentosos), o Ebola é composto pelo Margurbo (mata 25% dos infectados), Ebola Zaire (90%) e Ebola Sudão (57%). A variedade Ebola Reston não chegou a matar seres humanos. Pode ser transmitido por sangue contaminado ou –pior– pelo ar: o Ebola é um "vírus aéreo".
Mas o que são, afinal, estes pequenos terroristas? É mais fácil definir um vírus pelo que ele não é. Não é animal, vegetal ou mineral (os virólogos costumam chamá-los de "entidades"). Não é um ser vivo, mas também não está morto.
Na verdade, é um organismo ultrapequeno (só pode ser visto com auxílio de microscópios eletrônicos), protegido por uma "capa" de proteína, com material genético por dentro. Este material tem instruções para criar mais vírus, mas não o "maquinário" necessário para fazer o trabalho.
Para se reproduzir e garantir sua sobrevivência, então, ele deve invadir uma célula viva e criar lá uma "fábrica" de novos vírus. Só que esta célula pode ser destruída pelos próprios vírus que criou.
Como o vírus da Aids, o Ebola mata células do sistema imunológico, mas em maior quantidade e muito mais rapidamente (em dez dias, contra até dez anos no caso do HIV). Destrói também todos os tecidos do corpo, poupando músculos e ossos. Ainda não tem cura nem vacina.

Texto Anterior: EBOLA
Próximo Texto: A carreira de mortes até agora
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.