São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995
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Nenhum time põe 11 reservas no banco

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL*

Nenhum time colocou 11 jogadores no banco de reservas nas partidas da primeira rodada do Grupo A-1 do Campeonato Paulista de 1995.
Uma das regras experimentais que inicialmente recebeu mais elogios dos técnicos foi praticamente desprezada na abertura da competição.
Para economizar dinheiro de premiação num eventual empate ou vitória, a maior parte dos técnicos preferiu colocar seis ou sete jogadores no banco.
Isso representa um aumento de um ou dois jogadores em relação à regra anterior, que estabelecia um limite de cinco.
Valdir Espinosa, técnico do Palmeiras, bicampeão paulista, teve apenas cinco jogadores à sua disposição. O Corinthians, de Mário Sérgio, levou sete.
Apesar da estréia das novas regras, o destaque da primeira rodada, em termos de arbitragem, foi o rigor na aplicação de cartões amarelos e vermelhos.
Em cinco dos oito jogos, foram mostrados cartões vermelhos. Ao todo, foram sete expulsos, uma média de quase um –exatos 0,875– por partida.
O lateral-direito Vítor, do Corinthians, foi o primeiro a receber o cartão vermelho.
Aos 10min de jogo contra o XV de Piracicaba, sábado em Piracicaba, ele cometeu a falta (em Cláudio Moura) que o tirou do jogo.
A única equipe a receber dois cartões vermelhos foi o Palmeiras, contra a Portuguesa.
Edmundo, por falta violenta, e Roberto Carlos, por indisciplina, foram os punidos.
A regra que permite a movimentação dos técnicos numa área delimitada na frente do banco foi aplicada parcialmente.
No sábado, choveu forte sobre o campo do estádio do Juventus na partida contra o Guarani. Isso manteve os técnicos sentados no banco, que é coberto.
No estádio Ulrico Mursa, o banco fica a cerca de um metro da linha lateral. Assim, os técnicos não tinham espaço para se movimentar.
A regra do pedido de tempo, que também foi introduzida este ano, foi pouco usada e ainda causou confusão.
Nos dois jogos de sábado, apenas Mário Sérgio fez uso do tempo. Ele também era o único cujo time estava perdendo o jogo quando teve de decidir se queria ou não a paralisação.
A expectativa de que o intervalo fosse usado, como "catimba", por uma equipe que estivesse vencendo para conter uma reação do adversário não se confirmou.
Mas na partida Novorizontino x Rio Branco, os dois técnicos mostraram estar desinformados sobre a regra do pedido de tempo.
No primeiro tempo, o técnico João Carlos, do Rio Branco, só avisou a mesa de que não queria o tempo aos 18min e se irritou quando soube que o prazo havia passado.
No segundo tempo, o técnico José Teixeira, do Novorizontino, pediu a paralisação.
Mas uma confusão entre o representante da federação e o juiz José Aparecido de Oliveira resultou na não-interrupção da partida.
Outra regra que está sendo introduzida este ano, as das três substituições, também foi pouco usada. Até o ano passado, eram permitidas apenas duas por equipe.
Espinosa, por exemplo, só fez duas trocas, apesar de estar em desvantagem no marcador.
Novamente, foi o corintiano Mário Sérgio o primeiro treinador a fazer as três substituições. Colocou em campo Valdo, Fabinho e Tupãzinho –que acabou fazendo um gol.

Colaboraram as Regionais e a Agência Folha, em Santos

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