São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Líder da PF ameaça governo com "operação-padrão"
MÁRCIA MARQUES
Segundo Venerando, a categoria está insatisfeita com os salários e com o tratamento que vem recebendo do novo governo. "Um agente com 16 anos de trabalho ganha R$ 1.600, o governo tinha que ter sensibilidade". Esta é a segunda vez que a PF ameaça criar problemas para o governo. A primeira deveria acontecer no dia da posse do presidente Fernando Henrique Cardoso. Uma negociação feita às pressas a pedido do então presidente Itamar Franco fez refluir o protesto. Os policiais ameaçavam trabalhar com adesivos reclamando dos salários. Entre outras funções, os policiais federais são responsáveis pela segurança de autoridades estrangeiras em território nacional. Desde que Jobim assumiu, os dirigentes da Fenapef tentam conseguir uma audiência com o ministro. Na semana passada, desistiram e protocolaram no Ministério a lista de reivindicações. Na questão salarial, eles querem isonomia com a Polícia Civil do DF (Distrito Federal). O governo alega que não tem recursos e que a isonomia é ilegal. Outro ponto é a retirada de policiais que trabalham em funções burocráticas: "Alguns são até motoristas de superintendente", diz Venerando. Eles também pedem a realização de concursos públicos anuais durante os próximos cinco anos para aumentar o pessoal. A Fenapef quer que o governo se empenhe na aprovação de um Fundo da Polícia que tramita no Congresso. O fundo permitiria que a PF recebesse doações de organismos nacionais e internacionais. Texto Anterior: Por conta da casa Próximo Texto: Jobim protela definição Índice |
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