São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995
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Jobim protela definição

MÁRCIA MARQUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Há praticamente um mês o ministro da Justiça, Nelson Jobim, promete que na próxima semana acaba com a novela de quem será o diretor-geral da Polícia Federal.
Jobim apresenta como justificativa para os sucessivos adiamentos da nomeação a dificuldade de encontrar alguém com um perfil adequado à nova visão de segurança que deseja imprimir no país.
Mais do que no perfil, o ministro tem esbarrado no corporativismo dos militares, que gostariam de fazer o sucessor do coronel Wilson Romão, atual chefe da PF.
Pelo menos uma vez por semana o ministro tem discutido alguma sugestão de nome com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Um nome bem cotado atualmente é o do atual presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF, Vicente Schaelotti. Além do perfil desejado, o delegado é amigo de infância de Jobim.
Outro cujo nome está em evidência é o do ex-secretário regional da PF no Paraná, delegado Moacir Favetti. A seu favor conta o fato de ser compadre do vice-presidente Marco Maciel.
A categoria já deu sinais de que gostaria de ser consultada, mas as tentativas de encontro com o ministro foram frustradas. Na semana passada entregaram no protocolo do Ministério da Justiça uma lista de reivindicações.
Eles concordam com Jobim em um ponto: o futuro diretor da PF deverá ser o oposto do mais famoso diretor que a instituição já teve, Romeu Tuma. Segundo alguns delegados, Tuma sempre gostou das luzes e microfones da imprensa, o que desagradava profundamente a corporação.

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