São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Crescem dificuldades para ajuda dos EUA
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"Eu sei que a proposta é impopular. Mas é algo que vamos ter de fazer", disse Clinton aos 50 governadores de Estados do país. Há 20 dias, Clinton apresentou ao Congresso projeto para permitir que o Tesouro dos EUA dê garantias a empréstimos de US$ 40 bilhões ao México. Os dois principais líderes do partido de oposição, que tem a maioria no Congresso, a princípio aprovaram o plano de Clinton. Mas o debate sobre o tema afastou muitos dos parlamentares que a Casa Branca contava como aliados no voto a favor da medida. Os líderes da oposição, Newt Gingrich e Bob Dole, criticaram Clinton no fim-de-semana. Eles acham que o presidente não tem feito tudo o que pode para convencer os congressistas de seu partido a aprovarem o projeto. Clinton diz ter passado o fim-de-semana ao telefone com esses parlamentares. Ontem, o secretário do Tesouro, Robert Rubin, esteve no Congresso para fazer lobby a favor da medida. Rubin mencionou o Brasil como uma das possíveis vítimas futuras da expansão da crise econômica no caso da situação mexicana se deteriorar. Os governadores dos Estados de Arizona e Texas, sul dos EUA, também estiveram no Congresso para expressar seus receios de que a crise mexicana provoque uma invasão dos EUA por milhares de imigrantes ilegais. Os ex-presidentes George Bush, Jimmy Carter e Gerald Ford, divulgaram manifesto a favor da ajuda ao México. A maioria dos congressistas que se opõem ao projeto de Clinton diz que ele não ajuda a ninguém, exceto aos investidores de Wall Street. Parlamentares sempre leais a Clinton, como a senadora Dianne Feinstein, da Califórnia, estão entre os principais críticos da proposta. Texto Anterior: Chance de moratória acende sinais de alarme Próximo Texto: FHC não fala do futuro do real Índice |
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