São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995
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Busiek é destaque americano

ANDRÉ FONTENELLE
DO ENVIADO ESPECIAL

Kurt Busiek, 35, teve uma infância atípica para uma criança do Massachussets: lia Tintim e Astérix, em vez do Super-Homem.
Mas foi com os super-heróis que seu trabalho foi reconhecido na Europa. Ele criou "Marvels", série premiada nos EUA e indicada para o prêmio de melhor álbum estrangeiro em Angoulême.
Os quadrinhos, pintados por Alex Ross, procuram mostrar como seriam os heróis da Marvel –Namor, Tocha Humana, Homem de Ferro e outros– se realmente tivessem existido.
A história começa em 1939 e atravessa as décadas, sempre a partir do ponto de vista de um repórter.
Para criar o enredo, Busiek mergulhou em microfilmes e coleções de quadrinhos da Marvel dos anos 40 aos anos 60. Ele diz que gostaria de criar histórias também para personagens da DC Comics.
"Agora estou criando meus próprios personagens. Posso fazer super-heróis do jeito que quero", exulta.
Essa série, da Image Comics, vai se chamar "Astrocity". "É uma cidade com novos super-heróis, desenhados por Alex Ross, e supervilões. É um sonho para mim."
Busiek também vai iniciar uma nova série da Marvel, "Untold Stories of Spiderman" ("Histórias Secretas do Homem-Aranha"), que retoma a atmosfera das primeiras histórias do personagem.
Para ele, os americanos não vêem mais os super-heróis como antes: "Nos anos 60, havia mais humanidade nos personagens, como o Homem-Aranha, mais preocupação com a vida pessoal dos heróis."
"Hoje há mais ênfase na ação e na luta. Os leitores não se preocupam mais com a personalidade dos heróis. O mercado é assim", lamenta.
(AFt)

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