São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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OEA faz reunião de emergência
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O encontro começou às 15h30 locais (18h30 em Brasília) e foi convocado a pedido do equatoriano Blasco Penaherrera. O Conselho Permanente, órgão de atuação permanente da OEA, é composto pelos embaixadores de cada país-membro. O objetivo do Equador era conseguir que o conselho convocasse os ministros de Relações Exteriores do hemisfério para uma reunião em Washington. Mas a embaixadora do Peru junto à OEA, Beatriz Ramacciotti, discorda da idéia. Acha que a OEA não é o foro adequado para se discutir a crise. A posição peruana é de que Argentina, Brasil, Chile e EUA, países garantes do Protocolo do Rio, devem encaminhar as negociações para a resolução do conflito. O presidente peruano, Alberto Fujimori, disse isso ao secretário-geral da OEA, César Gaviria, no sábado, em Lima. Gaviria está em Bogotá, Colômbia, seu país, de onde vem mantendo contatos telefônicos com os presidentes Fujimori e Sixto Durán-Ballén. Ele passou o fim-de-semana entre Quito e Lima, em contatos com os dois. Ex-presidente da Colômbia, Gaviria diz ter boas relações pessoais com seus dois ex-colegas. A OEA não tem poderes para impor decisões aos países-membros. Mas, argumenta o embaixador equatoriano, tem "influência moral" sobre o continente e, com ela, pode obter importantes conquistas políticas. Em 1991, a OEA adotou a resolução conhecida como 1080, que prevê ação coletiva dos países do hemisfério para restaurar a democracia nos países-membros quando ela for interrompida. A 1080 foi utilizada três vezes nos últimos três anos, uma delas em abril de 91, depois que Fujimori suspendeu o governo constitucional no Peru, o que explica a sua má-vontade com a OEA. Texto Anterior: Equador admite superioridade peruana Próximo Texto: Palácio foi reaberto em 1994 Índice |
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