São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Brasília pode anular venda de celulares

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A venda por telefone de 19 mil linhas de celular -que provocou pane no sistema telefônico de Brasília e causou histeria entre os moradores no sábado- pode ser anulada pelo Ministério Público.
Revoltados com a estratégia da Telebrasília, que fez as reservas para a compra apenas pelo número 106, uma comissão de moradores encaminha hoje ao Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) um abaixo-assinado pedindo a anulação da venda.
A central de atendimento pelo número 106, que faz cerca de 10 mil ligações no horário de pico, entre 10h e 11h do sábado recebeu mais de 40 mil ligações.
A venda, que estava programada para ocorrer das 7h30 às 22h30 de sábado e domingo, terminou no sábado às 21h57. Foram vendidas 1.320 linhas por hora.
A demora da Telebrasília em explicar o problema causou tumulto. Uma agência da Telebrasília na Asa Norte teve os vidros quebrados. Uma das avenidas da cidade teve o trânsito interrompido por uma barricada improvisada.
A pane começou às 7h e afetou 99% das 450 mil linhas residenciais e comerciais e as 75 mil de celulares já instaladas na cidade.
Os moradores prejudicados vão cobrar da Telebrasília uma explicação para a suspeita de que a venda privilegiou alguns pontos da cidade. Os telefones dos setores comerciais (prefixos 321, por exemplo) teriam mais facilidade de acessar o 106 (leia texto ao lado).

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