São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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ONG tenta coibir venda de bebida a índios

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A Associação Kaguateca, organização não-governamental que representa tribos indígenas do Mato Grosso do Sul, está reivindicando aos órgãos de segurança estadual e federal ajuda para conter o alcoolismo na aldeia Jaguapiru.
A aldeia tem 3.000 hectares, abriga 10 mil índios guaranis e está situada a apenas 2 km de Dourados (219 km distante de Campo Grande-MS).
Segundo a coordenadora da Kaguateca, a índia Marta Guarani, a maioria dos moradores da aldeia são alcoólatras. Neste ano, foram registrados na aldeia nove homicídios e 35 suicídios.
``Alguns chegam a tomar três litros de pinga por dia", afirma. A venda de bebida alcoólica aos índios é proibida por lei.
Marta Guarani diz que há um bar a menos de cem metros da aldeia. ``Não nos dão veneno, mas nos dão a água branca que mata o nosso povo", afirmou a coordenadora indígena.
A Funai (Fundação Nacional do Índio), em Amambai (MS), pediu ajuda à Polícia Federal para coibir a venda de bebidas alcoólicas.

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