São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995 |
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Falta ousadia à publicidade, diz Jungle
JOAQUIM FERREIRA
Ele explica: ``as idéias que deram certo são copiadas à exaustão, viram clichês e ninguém se arrisca a criar coisas novas". Hoje, afirmou, as propagandas de cerveja só têm festa e alegria; as de margarina têm sempre crianças loiras, mãe, pão e café da manhã; as de carro passam sempre a imagem de poder e potência; e todas as destinadas aos jovens usam a linguagem do videoclipe. A publicidade, disse Jungle, é uma técnica de comunicação com o objetivo de vender produtos ou serviços, mas é vista pelo mundo das artes como uma coisa menor. ``Não devemos esquecer, no entanto, que ela se utiliza de todas as artes para se comunicar; e, quando bem feita, reflete sempre a cultura do país." Premiado por vários trabalhos em vídeo, criador e apresentador de programas de sucesso na TV, como Fábrica do Som e TV Mix, Jungle está na publicidade há quatro anos e atualmente é diretor de cena da Max 35 Filmes. Nesse período, ele já dirigiu cerca de cem filmes e ainda este ano deverá dirigir um curta-metragem, com roteiro do autor de novelas Maurício Arruda. Jungle lembrou que a lei máxima da publicidade hoje é a ``grana", porque tudo gira em torno de custos, que são altos. Para ilustrar, ele avaliou entre US$ 1,3 milhão e US$ 1,8 milhão o custo dos 11 minutos e cinco segundos de comerciais que ele trouxe como amostra de seu trabalho. Quem dá a palavra final sobre um filme publicitário é o cliente, afirmou, e isso é o que mais limita o conceito de arte na publicidade. Texto Anterior: Cresce o conceito de marcas globais Próximo Texto: RMB quer obter 15% do mercado de temperos Índice |
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