São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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MARCELO CHERTO

Aconteceu recentemente em São Paulo uma feira de hotelaria cujos visitantes puderam constatar que está se materializando uma das previsões feitas por esta coluna há tempos: a de que o ramo dos hotéis vai experimentar um crescimento bastante rápido, aqui no Brasil, graças ao franchising.
Na feira havia pelo menos duas empresas internacionais do ramo oferecendo franquias: a Choice Hotels e a Holiday Inn.
E, pelo jeito, o interesse foi grande.
Segundo o pessoal da Holiday Inn, sua idéia é implantar pelo menos 20 hotéis de porte médio nos próximos dois anos, todos no modelo Holiday Inn Express (um três estrelas bem melhorado, para executivos).
Os hotéis terão entre 75 e 100 apartamentos de 35 metros quadrados a 50 metros quadrados, cada. Um hotel de cem quartos deverá ser operado por, no máximo, 34 funcionários.
O franqueado vai pagar uma taxa inicial de franquia de US$ 500 por apartamento, além de royalties de 5% do faturamento, uma contribuição para o Fundo Cooperativo de Propaganda e Marketing da rede de 2%, e mais 1% das reservas que forem feitas por intermédio da central de reservas da própria Holiday Inn.
Um dos diretores da empresa afirmou ter vendido seis franquias apenas naquela feira.
A Holiday Inn não pretende ganhar dinheiro fornecendo produtos a seus franqueados. Ao contrário, pensa até em reorganizar um ``pool" de compras, ou uma central de negociações, para reduzir os custos de implantação e operação das franquias. Segundo a diretora da empresa, o seu negócio é vender franquias. E não toalhas, sabonetes, lençóis etc.

Muita gente não entendeu a reviravolta nas franquias das lojas de conveniência da Shell, que mudaram de visual e tiveram seus nomes trocados de Express e Algo Mais para Select.
É que esta é a marca que a empresa usa em cerca de 25 países.
E não havia motivos para não adotá-la também no Brasil.
Principalmente depois que foi desfeita a parceria que a Shell tinha com o Pão de Açúcar para a implantação e operação de tais lojas.

Falando aos alunos da Franchising University, Beth Pimenta, presidente da Água de Cheiro, disse que todo franqueador deveria implantar um Conselho de Franqueados.
Segundo ela, o desempenho de sua rede melhorou muito e o relacionamento com os franqueados passou a fluir bem melhor depois que a Água de Cheiro criou o seu Conselho.

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