São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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FHC cobra união de aliados

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Fernando Henrique Cardoso fez diversas referências à necessidade de união entre as forças políticas que apóiam o governo.
``Somos capazes de convergir para entender as dificuldades e poder superá-las. Não há outro caminho. Ou nos juntamos ou não conseguiremos superar os obstáculos".
Ele afirmou que ter estabilidade econômica não significa que ``se pode achar que está tudo resolvido".
Segundo FHC, tão importante quanto a estabilização é o crescimento da economia, ``sem o qual não haverá emprego, recursos, educação, saúde, habitação e saneamento básico".
Ele disse que a taxa de crescimento do país está subindo, que já se ``desenha" outro Brasil e que espera um apoio ``crescente" do Congresso em relação às reformas do governo.
Fernando Henrique disse que ``hoje os (trabalhadores) de baixo têm esperança, e os de cima estão trabalhando".
Questionado pela Agência Folha sobre quando a classe média teria chance de ``tirar a corda do pescoço", olhou para o gravador e disse: ``ele não é corda".

Campanha
A visita do presidente Fernando Henrique Cardoso foi marcada por um clima de campanha, que o próprio presidente reconheceu, ao dizer que se sentia em um ``comício", depois do foguetório, das faixas e outdoors que viu ao logo do caminho pelo qual passou.
Entre faixas e cartazes que agradeciam a visita, os tucanos de Blumenau quiseram marcar presença com um outdoor instalado em pontos da rodovia inaugurada. Foram infelizes, porém, na colocação de pelo menos um deles.
Em Navegantes, cidade próxima ao trecho da rodovia inaugurada, o outdoor tucano dizia ``Bem-vindo ao Brasil de Primeiro Mundo", provável alusão à prosperidade de Santa Catarina. Só que, por trás do cartaz, o que se via era uma casa pobre, roupas no varal e esgoto a céu aberto.
Depois disso, só faixas anônimas, como ``FHC - Súdito fiel do FMI" e ``Desemprego é Miséria. Isso é Real".

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