São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995 |
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FUP pede à Câmara que aja como mediadora PETROLEIROS VERSUS PETROBRÁS FRANCISCO SANTOS
Segundo o presidente da FUP, Antônio Carlos Spis, a Petrobrás não aceita a figura do mediador e ameaçou levar a questão para julgamento no TST (Tribunal Superior do Trabalho), por falta de acordo. Conforme a medida provisória que acabou com a indexação dos salários e criou a figura do mediador, a mediação só pode ocorrer se houver consenso entre as partes em negociação. O mediador teria de ser escolhido também por consenso. A Folha procurou, às 19h25 de ontem, o presidente da Petrobrás, Joel Mendes Rennó. Ele afirmou que não tinha conhecimento da proposta da federação dos petroleiros. Ontem, a FUP comunicou à Petrobrás que todas as assembléias de petroleiros realizadas na semana passada recusaram a proposta de reajuste salarial de 29,8% feita pela estatal. A assessoria da empresa afirma que essa proposta é definitiva. Os petroleiros reivindicam reposição salarial de 48,84% (variação do custo de vida em 12 meses medido pelo Dieese), produtividade de 6,5% e readequação das várias faixas salariais da empresa, o que daria mais um reajuste entre 12% e 18%. ``Não aceitar a mediação é remeter a categoria para o campo minado do TST", disse Spis. Para ele, a intervenção da Justiça nas discussões inviabiliza uma solução negociada. Spis afirmou ainda que a FUP está se esforçando para evitar uma nova greve dos petroleiros. A última, realizada em maio deste ano, teve duração de 30 dias. O presidente da FUP disse que, se houver um impasse definitivo nas negociações entre a categoria e a estatal, a entidade deverá convocar, na próxima semana, uma plenária dos sindicatos dos petroleiros para decidir o encaminhamento do problema. Entre as decisões em estudo pelos sindicalistas está a decretação de uma nova greve. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Divórcio fracassado Próximo Texto: Trabalhadores ocupam fábricas contra demissões Índice |
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